Depois
de lançar dois álbuns medianos (“Low” e “Demonic”) a banda
da famosa e musicalmente produtiva “Bay Area de São Francisco”,
liderada por Chuck Billy, lançou o espetacular “The Gathering”
(considerado por muitos como o melhor disco da banda) em 1999, seguido pelo INCRÍVEL “The Formation Of Damnation”, só
nove anos depois. Vista a qualidade desses dois álbuns, a
expectativa pelo próximo era enorme e muitos fãs, mesmo sem saber o
que viria pela frente, já o declaravam como o melhor disco do ano.
Finalmente, em julho de 2012, “Dark Roots Of Earth” nos foi
apresentado.
Sem
dúvidas, o Testament é uma das bandas que mais representam o Thrash
Metal como ele deve ser: pesado, rápido, agressivo e impiedoso.
Chuck Billy e Eric Peterson demonstraram tudo isso e muito mais ao
longo da história do grupo. Principalmente Chuck, um dos maiores
vocalistas da história do Rock. Sua voz é poderosa, realmente
incrível, incontestável sua qualidade e potência (mesmo nos álbuns
“menos atrativos” ele demonstra ser único e muito talentoso).
“Dark
Roots of Earth” começa com a ótima “Rise Up”, com bateria e
guitarras típicas do thrash metal. Não demora muito e Chuck Billy
entra com sua voz poderosa, gritando: “When I say rise up, when I
say warrrrrrr”. O ponto mais alto da música é seu refrão: When
I say rise up; You say war; When I say rise up; You say War! Rise
Up... War! Rise Up... War! Rise Up... War! Rise Up... War! Este
petardo, palavra mais clichê usada para definir músicas de metal
(risos), ainda conta com um belo solo de guitarra após a primeira
parte da música. O álbum começa muito bem.
Em
seguida vem “Native Blood”, com uma bela introdução. Ao
desenrolar da música, os vocais se mostram novamente o ponto forte,
Chuck Billy entra com tudo. O refrão, novamente, se impõe como
parte principal, com Chuck cantando frases curtas e Gene Hoglan
“destruindo” sua bateria (não só nos refrões). As guitarras
fazem um espetáculo à parte, logo após o segundo refrão, num
trecho mais lento da música. É a música densa e bem completa que o
Testament está acostumado a fazer. “My Native Blood”.
A
música homônima ao disco se apresenta mais lenta, uma semi-balada.
Muito bem construída, sem o “brilho” das duas primeiras, mas com
sua beleza. Ela tem um solo que nos lembra os primeiros discos. Bela
música.
“True
American Hate" é bem direta e a mais agressiva do álbum. Logo após
o solo inicial, Skolnick e Peterson mostram um espetacular trabalho.
As guitarras formam uma base fodástica para Chuck cantar com toda a
raiva. Não é à toa que estão entre os melhores guitarristas do
gênero. Pode ser considerada a principal música do álbum. E que
solo...mas que solo...sai pra lá Kerry King. E novamente entra a
base para Chuck terminar a destruição que começou.
Chris
Adler, do Lamb Of God, toca bateria na faixa “A Day In The Death”,
que tem uma intro do baixo de Greg Christian. Esta é apenas uma boa
música. Não acrescenta muita coisa no álbum.
“Cold
Embrace” é a balada do disco. E ninguém faz baladas melhores que
as do Testament (isso mesmo, Lars Ulrich!). A atmosfera dessa
música é ótima e prova o que já está provado há muitos anos:
Chuck Billy sabe cantar muito bem musicas lentas. É uma música
incrível. Novamente destaque para as guitarras. Os dedilhados são
de arrepiar. Linda música.
“Man
Killls Mankind” é outra música sem muito brilho. É uma legal.
Pode “abraçar” a música seguinte, “Throne Of Thorns”, que
se mostra um pouco mais agressiva.
“Last
Stand For Independence” fecha a parte de inéditas do álbum
mostrando uma certa melhora perante às músicas anteriores.
Neste ponto, percebemos que Greg fez um ótimo trabalho, boas linhas
de baixo. Nos lembra Jack Gibson, do Exodus, mas não chega a ser tão
agressivo.
Testament
nos surpreendeu com belos covers: “Dragon Attack”, do Queen;
“Animal Magnetism”, do Scorpions e “Powerslave”, do Iron
Maiden. Ótimas escolhas, difícil de dar errado. A música do Queen
ficou perfeita como a original e Chuck Billy conseguiu adaptar ”Powerslave” (umas das melhores músicas do Iron Maiden) ao seu
estilo. Ficou INCRÍVEL. Só não se pode dizer que ficou melhor que
a original.
Claro,
é muito cedo para falar desse álbum (esta resenha está sendo
escrita apenas alguns dias após seu lançamento). As percepções
mudam com o tempo. É um processo que acontece com todo ser-humano
(“Master Of Puppets” do Metallica, logo após seu lançamento foi
considerado um álbum fraco, pela imprensa especializada da época).
O tempo nos revelará seu valor. O que se pode dizer é que foi
criada muita expectativa e este ótimo disco não foi capaz de
superá-las. E isso só acontece com bandas grandes, com bandas
dignas de respeito. Não sei se podemos falar em “decepção”,
mas muitos fãs ainda procuram algo mais envolvente neste disco.
Opiniões
à parte, Chuck Billy e seu grupo mostraram mais uma vez que são
muito bons no que fazem. Não inovaram, não mudaram a fórmula e
mesmo assim não foram repetitivos (e mesmo se fossem, não vejo
problema).
Tudo
o que esperamos é que não se separem novamente e que comecem logo
sua turnê, para que possamos vê-los aqui no Brasil.
Tracklist
01.
Rise Up
02. Native Blood
03. Dark Roots Of Earth
04. True American Hate
05. A Day In The Death
06. Cold Embrace
07. Man Kills Mankind
08. Throne Of Thorns
09. Last Stand For Independence
02. Native Blood
03. Dark Roots Of Earth
04. True American Hate
05. A Day In The Death
06. Cold Embrace
07. Man Kills Mankind
08. Throne Of Thorns
09. Last Stand For Independence
Bonus:
10. Dragon Attack (QUEEN cover)
11. Animal Magnetism (SCORPIONS cover)
12. Powerslave (IRON MAIDEN cover)
13. Throne Of Thornes (extended version)
Banda:
Testament
Gênero:Thrash
Metal
Álbum:
Dark Roots of Earth
Ano
de lançamento: 2012
Músicos:
Vocais:
Chuck Billy
Baixo:
Greg Christian
Guitarras:
Alex Skolnick e Eric Peterson
Bateria:
Gene Hoglan (Chris Adler, baterista do Lamb of God, tocou na música
“A Day In The Death”)
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