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domingo, 23 de dezembro de 2012

Metal 'Till Death


A melhor banda de metal extremo do mundo, na atualidade, é brasileira. Os três irmãos lançaram o ótimo "The Great Execution" em 2011 e poucas semanas atrás lançaram o clipe de "The Will To Potency". Ao vivo, os caras surpreendem ainda mais. Orgulho nacional.


Banda: Krisiun
País: Brasil
Álbum: The Great Execution
Ano: 2011





Slayer é uma das principais bandas de metal de todos os tempos. Durante toda sua carreira nunca deu "um passo em falso". É incrível o que estes caras vem fazendo ao longo desses anos todos. Este vídeo...nada mais thrash.


Banda: Slayer
País: Estados Unidos
Álbum: Hell Awaits
Ano: 1985






Overkill é outra banda que nunca decepciona. Bobby "Blitz" é um monstro nos vocais. "The Electric Age" pode facilmente ser escolhido como melhor álbum de 2012 e "Electric Rattlesnake" como a melhor música do ano.



Banda: Overkill
País: Estados Unidos
Álbum: The Electric Age
Ano: 2012


sábado, 8 de dezembro de 2012

Trivium





Uma das melhores e mais importantes bandas da atualidade, vem da "nova safra" do metal pesado.

http://www.trivium.org/

Banda: Trivium
País: Estados Unidos
Álbum: Shogun
Ano: 2008

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Behemoth (Carioca Club, São Paulo, 21/10/2012)





A ansiosidade era enorme para a apresentação de uma das maiores bandas de metal extremo do mundo. Todos já sabiam que os poloneses iriam “destruir” o Carioca Club juntamente com seus loucos fãs. Casa lotada e porrada na orelha.

A apresentação do Behemoth estava marcada para as 19h. Porém, começou com uma hora e quarenta e cinco minutos de atraso. Provavelmente os organizadores não se lembraram que o horário brasileiro de verão começava naquele fim de semana, e não fizeram nenhum ajuste nos horários. Os outros quarenta e cinco minutos talvez seriam reservados para uma banda de abertura. Ou simplesmente se atrasaram.

Durante esse tempo, os administradores do local deixaram o telão abaixado e todos (interessados ou não) assistiram o jogo entre Ponte Preta e Santos. Curioso, já que as pessoas ansiosas para o show, vibravam a cada jogada da Ponte Preta. Houve uma grande comemoração ao apito final, parte porque pensávamos que o show começaria logo em seguida, parte porque a maioria estava torcendo contra o Santos. Final: Ponte Preta 1x0 Santos.

Depois que o telão subiu, os roadies apareceram para fazer pequenos ajustes. Quando a bateria começou a ser testada a euforia tomou conta do lugar, todos berravam. As luzes finalmente se apagaram. E acenderam novamente. A impaciência já tomava conta de alguns.

Comecei a olhar ao redor e reparar algumas coisas: casais se beijando, amigos bebendo e dando risadas, skinheads, adolescentes, caras irritados e um grupo de rapazes carregando a cadeira de rodas de outros rapaz pela escada ao camarote. Todos com um único interesse: metal, muito metal.

As luzes se apagaram novamente e logo em seguida Inferno tomou seu lugar na bateria. Todos gritavam. Em seguida entra Orion, um cara tão grande que chega a dar medo (risos). Seth caminha com sua guitarra para seu canto do palco e logo entra Nergal, o mais aclamado, o mais adorado. Começaria a destruição.

O ritual pagão começou com a cadenciada Ov Fire And The Void, impossível descrever tal momento. Todos já estavam indignados com tamanho esplendor. Em seguida, só clássicos.

Nem se pode falar que Conquer All e Christians To The Lions fizeram parte dos grandes momentos do show, pois este foi por inteiro incrível.

Ao longo do show, Nergal mostrou porque é tão venerado. Incrível performance. Presença de palco e vocais monstruosos. Disse ainda que estava na “Capital do Metal na América do Sul”. De fato, Nergal é um dos maiores frontman da música.

Quase no fim, Chant For Eschaton 2000, com seu incrível riff, foi a música que mais fez com que todos berrassem. 

Depois de pouco mais de uma hora de show e setlist quase perfeito, se encerra a memorável e histórica apresentação do Behemoth no Brasil.

Outro fato curioso, é que logo após os caras deixarem o palco, começou a tocar um tape, que a maioria pensava ser a introdução de outra música. As luzes se acenderam e começou a sair uma voz estranha dos P.A.s, algo do estilo Jason Mars. Era mesmo o fim do show.

Fui até a grade e vendo que um roadie se dirigia à frente do palco com um dos papéis do setlist em suas mãos, comecei a gritá-lo. Me entregou o papel, que neste momento já está em um quadro, junto ao ingresso.

A performance dos quatro caras foi espetacular. Orion e Seth que não paravam de banguear, Inferno detonando a bateria e Nergal sendo Nergal. Com certeza o melhor show da vida de muitos por ali. Tudo o que temos a fazer é esperar pelo próximo álbum e mais uma apresentação do Behemoth por aqui. Além de torcer para que Nergal se livre do processo que está sofrendo na Europa.

Todos saíram comentando como foi incrível. Ninguém acreditava no que se passou por ali.





Setlist:

Ov Fire and the Void
Demigod
Moonspell Rites
Conquer All
Christians to the Lions
The Seed ov I
Alas, Lord Is Upon Me
Decade of Therion
At the Left Hand ov God
Slaves Shall Serve
Chant for Eschaton 2000
23 (The Youth Manifesto)
Lucifer


domingo, 12 de agosto de 2012

Resenha: Metallica - ...And Justice For All - 1988


Nota: 10





Depois de ajudar a definir o que é Thrash Metal, com seus três primeiros álbuns, o Metallica passou por algumas mudanças, tanto no line up quanto musicalmente. Começavam a ganhar um pouco mais de dinheiro e a ficarem mais famosos. O mundo conheceria os gigantes do metal. Após a morte de Cliff Burton, os caras do Metallica não esperaram muito para colocar outro cara em seu lugar e algumas semanas depois Jason Newsted estava na banda. Terminaram a turnê do Master of Puppets, lançaram o EP "Garage Days Re-Revisited" e em agosto de 1988 lançaram o álbum "...And Justice For All". Nos 5 anos seguintes, os fãs puderam apreciar o que foi, talvez, a melhor fase da banda.

"...And Justice For All" é, musicalmente falando, o álbum mais complexo do Metallica. Além de ser um registro da ápice técnico/musical de cada membro (excetuando-se Jason Newsted, que foi traído pela mixagem do som).

Lars Ulrich, que nunca se mostrou um baterista acima da média, fez um excelente trabalho neste disco. Algo surpreendente. Nunca mais conseguiu fazer, e nem quis, algo parecido. James Hetfield colocou para fora toda sua raiva, cantou como um bruto. Cantou como se precisasse provar algo depois de Master of Puppets. Depois de, no "Kill 'Em All", "reaproveitar" os solos de Dave Mustaine, ter músicas creditadas à este no segundo álbum e ainda acharmos "resquícios de Dave" no seguinte, Kirk Hammet colocou neste disco a maioria de seus melhores solos. O trio trabalhou de forma espetacular e construiu este indestrutível registro (o meu preferido). Só que...faltou algo. Um pecado, o que fizeram. Depois de ter um baixo extremamente presente nos três primeiros álbuns, este instrumento ficou inaudível desta vez. Claro, isso não foi culpa do Jason, no momento, ele era apenas um músico recém-contratado (e ainda mostraria seu talento no "Metallica"). Deixando de lado os motivos para esta escolha durante a mixagem do som, este talvez tenha sido o único ponto negativo.

Podemos colocar todas as músicas como destaque, porém "One", com seu videoclipe (o primeiro da banda) foi a música de maior sucesso. "Blackened" e "...And Justice For All", são as faixas em que percebemos o quão incrível esses caras foram.

É uma pena não tocarem todas as músicas deste álbum com frequência, os próprios caras já falaram que não gostam de tocá-las, por serem muito longas, cansativas e "difíceis". "Um pouco demais para mim", disse Kirk, certa vez.

Ao vivo, temos excelentes registros de "Justice Medley" (um medley das músicas deste álbum), uma das coisas mais (desculpem o palavreado) fodas que a banda já fez. Aproveite para conferir o "Live Shit: Binge & Burge", que traz shows dos anos seguintes ao lançamento do "...And Justice For All".

Excelente álbum, um dos melhores da história do metal.




Tracklist:

01. Blackened
02. ...And Justice For All
03. Eye Of The Beholder
04. One
05. The Shostest Straw
06. Harvester Of Sorrow
07. The Frayed Ends Of Sanity
08. To Live Is To Die
09. Dyers Eve

Banda: Metallica
Gênero: Thrash Metal
Álbum: ...And Justice For All
Ano de lançamento: 1988

Músicos:
James Hetfield: Vocais e guitarra
Kirk Hammet: Guitarra
Lars Ulrich: Bateria
Jason Newsted: Dizem que tocou baixo

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Resenha: Testament - Dark Roots Of Earth (2012)

Nota: 8





Depois de lançar dois álbuns medianos (“Low” e “Demonic”) a banda da famosa e musicalmente produtiva “Bay Area de São Francisco”, liderada por Chuck Billy, lançou o espetacular “The Gathering” (considerado por muitos como o melhor disco da banda) em 1999, seguido pelo INCRÍVEL “The Formation Of Damnation”, só nove anos depois. Vista a qualidade desses dois álbuns, a expectativa pelo próximo era enorme e muitos fãs, mesmo sem saber o que viria pela frente, já o declaravam como o melhor disco do ano. Finalmente, em julho de 2012, “Dark Roots Of Earth” nos foi apresentado.

Sem dúvidas, o Testament é uma das bandas que mais representam o Thrash Metal como ele deve ser: pesado, rápido, agressivo e impiedoso. Chuck Billy e Eric Peterson demonstraram tudo isso e muito mais ao longo da história do grupo. Principalmente Chuck, um dos maiores vocalistas da história do Rock. Sua voz é poderosa, realmente incrível, incontestável sua qualidade e potência (mesmo nos álbuns “menos atrativos” ele demonstra ser único e muito talentoso).

Dark Roots of Earth” começa com a ótima “Rise Up”, com bateria e guitarras típicas do thrash metal. Não demora muito e Chuck Billy entra com sua voz poderosa, gritando: “When I say rise up, when I say warrrrrrr”. O ponto mais alto da música é seu refrão: When I say rise up; You say war; When I say rise up; You say War! Rise Up... War! Rise Up... War! Rise Up... War! Rise Up... War! Este petardo, palavra mais clichê usada para definir músicas de metal (risos), ainda conta com um belo solo de guitarra após a primeira parte da música. O álbum começa muito bem.

Em seguida vem “Native Blood”, com uma bela introdução. Ao desenrolar da música, os vocais se mostram novamente o ponto forte, Chuck Billy entra com tudo. O refrão, novamente, se impõe como parte principal, com Chuck cantando frases curtas e Gene Hoglan “destruindo” sua bateria (não só nos refrões). As guitarras fazem um espetáculo à parte, logo após o segundo refrão, num trecho mais lento da música. É a música densa e bem completa que o Testament está acostumado a fazer. “My Native Blood”.

A música homônima ao disco se apresenta mais lenta, uma semi-balada. Muito bem construída, sem o “brilho” das duas primeiras, mas com sua beleza. Ela tem um solo que nos lembra os primeiros discos. Bela música.

True American Hate" é bem direta e a mais agressiva do álbum. Logo após o solo inicial, Skolnick e Peterson mostram um espetacular trabalho. As guitarras formam uma base fodástica para Chuck cantar com toda a raiva. Não é à toa que estão entre os melhores guitarristas do gênero. Pode ser considerada a principal música do álbum. E que solo...mas que solo...sai pra lá Kerry King. E novamente entra a base para Chuck terminar a destruição que começou.

Chris Adler, do Lamb Of God, toca bateria na faixa “A Day In The Death”, que tem uma intro do baixo de Greg Christian. Esta é apenas uma boa música. Não acrescenta muita coisa no álbum.

Cold Embrace” é a balada do disco. E ninguém faz baladas melhores que as do Testament (isso mesmo, Lars Ulrich!). A atmosfera dessa música é ótima e prova o que já está provado há muitos anos: Chuck Billy sabe cantar muito bem musicas lentas. É uma música incrível. Novamente destaque para as guitarras. Os dedilhados são de arrepiar. Linda música.

Man Killls Mankind” é outra música sem muito brilho. É uma legal. Pode “abraçar” a música seguinte, “Throne Of Thorns”, que se mostra um pouco mais agressiva.

Last Stand For Independence” fecha a parte de inéditas do álbum mostrando uma certa melhora perante às músicas anteriores. Neste ponto, percebemos que Greg fez um ótimo trabalho, boas linhas de baixo. Nos lembra Jack Gibson, do Exodus, mas não chega a ser tão agressivo.

Testament nos surpreendeu com belos covers: “Dragon Attack”, do Queen; “Animal Magnetism”, do Scorpions e “Powerslave”, do Iron Maiden. Ótimas escolhas, difícil de dar errado. A música do Queen ficou perfeita como a original e Chuck Billy conseguiu adaptar ”Powerslave” (umas das melhores músicas do Iron Maiden) ao seu estilo. Ficou INCRÍVEL. Só não se pode dizer que ficou melhor que a original.

Claro, é muito cedo para falar desse álbum (esta resenha está sendo escrita apenas alguns dias após seu lançamento). As percepções mudam com o tempo. É um processo que acontece com todo ser-humano (“Master Of Puppets” do Metallica, logo após seu lançamento foi considerado um álbum fraco, pela imprensa especializada da época). O tempo nos revelará seu valor. O que se pode dizer é que foi criada muita expectativa e este ótimo disco não foi capaz de superá-las. E isso só acontece com bandas grandes, com bandas dignas de respeito. Não sei se podemos falar em “decepção”, mas muitos fãs ainda procuram algo mais envolvente neste disco.

Opiniões à parte, Chuck Billy e seu grupo mostraram mais uma vez que são muito bons no que fazem. Não inovaram, não mudaram a fórmula e mesmo assim não foram repetitivos (e mesmo se fossem, não vejo problema).

Tudo o que esperamos é que não se separem novamente e que comecem logo sua turnê, para que possamos vê-los aqui no Brasil.




Tracklist

01. Rise Up
02. Native Blood
03. Dark Roots Of Earth
04. True American Hate
05. A Day In The Death
06. Cold Embrace
07. Man Kills Mankind
08. Throne Of Thorns
09. Last Stand For Independence

Bonus:
10. Dragon Attack (QUEEN cover)
11. Animal Magnetism (SCORPIONS cover)
12. Powerslave (IRON MAIDEN cover)
13. Throne Of Thornes (extended version)

Banda: Testament
Gênero:Thrash Metal
Álbum: Dark Roots of Earth
Ano de lançamento: 2012

Músicos:
Vocais: Chuck Billy
Baixo: Greg Christian
Guitarras: Alex Skolnick e Eric Peterson
Bateria: Gene Hoglan (Chris Adler, baterista do Lamb of God, tocou na música “A Day In The Death”)